Qual a Diferença Entre o Vinho Chardonnay e o Sauvignon Blanc?

Existem diferenças significativas entre o vinho Chardonnay e o vinho Sauvignon Blanc. Vamos iniciar outro artigo que deve ajudar – e muito – você a desbravar o mundo do vinho.

Desta vez, vamos ver como diferenciar dois dos mais famosos vinhos brancos do planeta: o vinho Chardonnay e o vinho Sauvignon Blanc. Vamos lá?

A grande realidade é que muitas pessoas tem uma certa dificuldade em identificar um Chardonnay com precisão.

Na verdade, as pessoas têm dificuldade até mesmo em diferençar o Chardonnay da Sauvignon Blanc. Você já passou por isso? Não se sinta sozinho.

Este post do Vem da Uva vai deixar para trás essa situação. Nele, nós vamos ajudar você a conhecer e aprender a diferenciar o vinho Chardonnay do vinho Sauvignon Blanc.

Dois vinhos brancos super populares em todo o mundo. Aliás, vamos descobrir também o por quê desta fama toda.

Além disso, vamos ver:

  • Qual a faixa de preço para vinhos Chardonnay e Sauvignon Blanc;
  • Em quais temperaturas devem ser servidos;
  • Quais as melhores harmonizações para Chardonnay e Sauvignon Blanc;
  • Os principais vinhos de cada país produtores dessas uvas.

Preparado? Então vamos em frente!

O vinho Chardonnay e o vinho de Sauvignon Blanc, são dois dos vinhos brancos mais vistos nas prateleiras de mercado em todo o mundo.

Esquentou o clima, o sol começou a aparecer e rolou aquele calorzinho. Vamos de Chardonnay ou de Sauvignon Blanc? Vish, a dúvida pegou. Acontece por aí? Por aqui já aconteceu!

E se for no verão e ainda for para harmonizar com alguma comidinha? Uma saladinha leve ou um peixe? Qual dos dois ficaria melhor? Você saberia dizer?

Diferenças dos vinhos Chardonnay e Sauvignon Blanc de diferentes países

Antes de iniciarmos nessa turnê pelo mundo dos brancos, vamos começar com uma curiosidade básica sobre a Chardonnay que vai ajudar você a entender melhor o mundo dos vinhos brancos. Vamos ver qual é essa diferença?

Entenda o que é terroir clicando na imagem acima.

A uva Chardonnay tem um poder excepcional de “sugar” o local onde é plantada – o famoso Terroir (se você não sabe o que é Terroir a este ponto, deveria dar uma olhada neste mega-post que fizemos ano passado).

Agora, sério, é conteúdo básico para você entender melhor a qualidade de cada vinho, seja ele tinto ou branco, se você não aprendeu ainda sobre o que é terroir, volte e clique no link.

Para entender melhor o exemplo, imagine a videira de Chardonnay como uma esponja, onde for plantada, irá extrair as características daquele solo e região e imprimir em seu vinho.

Poucas uvas tem esse poder tão acentuado quanto a Chardonnay.

Mas ela não é a única

A Sauvignon Blanc também tem característica muito parecida, porém em menor intensidade.

Portanto, ambas as uvas podem mostrar vinhos radicalmente diferentes, de acordo com o local onde é cultivada.

Chardonnay argentino e chileno terão gostos extremamente diferentes de Chardonnay brasileiro, assim como os dois terão gostos extremamente diferentes de Chardonnay francês, principalmente os mais famosos da região de Chablis, na Borgonha.

Anote aí, a Borgonha é a região mais famosa quanto se trata de Chardonnay francês.

Dentro da Borgonha, a região mais conhecida por Chardonnay é a Chablis, separada fisicamente, mas ainda parte da Borgonha, mais ao norte. Próxima da região de Champagne.

O Chardonnay, em áreas frescas, é mais seco e dá notas minerais, frutas verdes e frutas cítricas. Você vai encontrar lima e abacaxi em seus aromas, por vezes maçã verde.

Quando produzida em áreas mais quentes, é mais gorduroso, corpulento, com aromas de frutas brancas e tropicais, como a pera.

O aroma do Chardonnay e da Sauvignon Blanc

No mundo do vinho, os vinhos brancos são divididos em aromáticos e não aromáticos.

É uma nomenclatura técnica para separação dos vinhos em grupo, utilizado principalmente em concursos.

Isso porque algumas uvas tem maiores compostos voláteis que outras. Ou seja, desprendem melhor seus aromas no ar.

Nestas duas categorias, os Sauvignon Blanc e a Chardonnay já se separam.

A Sauvignon Blanc é uma uva que produz um vinho aromático, enquanto o vinho de Chardonnay é não aromático.

É importante entender que isso não define que um Chardonnay não vá apresentar grandes aromas.

Geralmente o faz, com maestria. Porém, seus aromas são mais sérios, e “difíceis” de identificar e de se desprender do vinho.

Notas de maçã verde, abacaxi, pêssego e todas as frutas com “interior branco” podem aparecer em um Chardonnay. Ainda pode lembrar melão e pera.

O Sauvignon Blanc, quando plantado e colhido de forma correta, mostra aromas incríveis, de grande intesidade e muito nítidos. Sendo o mais comum, o maracujá ou goiaba. Também pode mostrar notas de frutas de “carne” branca, como o melão.

PARA LEMBRAR
É raro o Sauvignon Blanc que entrará nas nuances das frutas cítricas (exceto o maracujá), como acontece com o Chardonnay com frequência (lima, limão, abacaxi, etc). Está é a principal diferença no aroma de Chardonnay e Sauvignon Blanc.

Aromas de manteiga no Chardonnay vem da fermentação malolática

Vou ficar um pouco técnico nos próximos parágrafos, mas prometo que vou tentar deixar o mais simples possível, ok? Segure a taça firme e vem com a gente. Não precisa ficar assustado.

O vinho Chardonnay pode passar por uma segunda fermentação, chamada de malolática.

De uma forma simples, toda fermentação pega algo, transforma-o, e entrega-o do outro lado de uma forma diferente. Como o leite, que fermenta e pode virar iogurte.

Várias frutas, não só a uva, tem ácido málico. Por isso nós fazemos associação pela lembrança dos aromas. Confira outras três frutas que têm alto grau de ácido málico:

Lembra que citamos que você encontraria aromas de maçã, maçã verde e pêra em seu Chardonnay? Agora tudo faz sentido, certo?

A fermentação malolática irá pegar todos os ácidos málicos do vinho e converte-los em ácidos láticos.

Qual o resultado disso? O Chardonnay irá tomar novos aromas que lembram produtos derivados de leite, como – e principalmente – a manteiga. São os Chardonnays “amanteigados”.

Você percebeu o nome do ácido que o málico se torna?

Lático, exatamente, lático, leite. Um produto lácteo é um produto que deriva de leite. Iogurte, queijo, leite, nata e claro, a manteiga.

Manteiga, um aroma que pode aparecer em Chardonnay com fermentação malolática.

O Sauvignon Blanc não passa por tal processo, mas por que? Porque perde em acidez para o Chardonnay.

Ou seja, a acidez que está no Sauvignon Blanc deve ficar ali, não pode ser transformada em ácido lático.

Essa acidez (ou ácido) não deve ser perdida para que o vinho mantenha seu frescor, leveza e jovialidade quando falamos do Sauvignon Blanc.

É a acidez de um vinho que o torna convidativo – dá aquela vontade de beber outro gole, sem enjoar. Por isso ela é tão importante em um vinho. Aliás, taninos, acidez e álcool são os pilares de um bom vinho.

O Chardonnay é uma uva mais ácida, então, digamos que o produtor tem a possibilidade de “equilibrar”‘ sua acidez com a fermentação malolática.

Sendo que esta fermentação permite também que o vinho torne-se um pouco mais complexo, com mais aromas secundários.

Se fizermos isso em um Sauvignon Blanc, ele se tornará um vinho “chato”, sem acidez e “vivacidade”.

No Chardonnay, o processo que acontece é que parte do que era ácido málico no vinho, que seria excessiva, virou ácido lático, menos agressivo e mais interessante para o paladar e olfato dos humanos.

Os vinhos que passam por fermentação lática podem encorporar um visual mais “untuoso”, como de óleo, viscoso. Você vai perceber isso na hora de “girar a taça” para liberar os aromas.

Um Sauvignon Blanc de qualidade também pode ter corpo mais untuoso. Os exemplares da Serra Catarinense mostram com facilidade tal característica, por terem corpo e estrutura muito bem pronunciados.

Mas aqui, não há fermentação malolática, o resultado é do trabalho cuidadoso de poda, controle de produção (quando menos frutas por planta, maior a qualidade) e ótimo terroir para a variedade. Um verdadeiro vinho branco denso e encorpado.

Cores do Chardonnay e do Sauvignon Blanc podem variar

As cores de um Sauvignon Blanc e de um Chardonnay podem variar bastante. Principalmente se o vinho teve ou não alguma passagem por barris de carvalho, e se já tiver alguns anos no mercado após a safra em que foi colhido.

O Sauvignon Blanc raramente passa por barris de carvalho, o Chardonnay pode ter passagem em barricas de carvalho. Os mais famosos vinhos brancos franceses, têm passagem por barrica.

Os vinhos brancos, quanto mais velhos, mais escuros ficam. De amarelo eles irão passar por um tom palha. podendo envelhecer para uma cor laranja forte.

Confira a escala de cores dos vinhos brancos

Na área inicial do gráfico, ficariam os Sauvignon Blanc, no meio, o Chardonnay. No final da escala, os Chardonnay envelhecidos, provavelmente com passagem em barrica.

SAUVIGNON BLANC >> CHARDONNAY >> CHARDONNAY ENVELHECIDO

Comumente esses vinhos já estão muito oxidados. Mas também podem tomar essa cor pelo tempo de desenvolvimento dentro da garrafa.

Grandes vinhos brancos da Borgonha podem virar gratas surpresas com o passar dos anos, mesmo com cores mais escuras.

DICA IMPORTANTE:
Chardonnay e Sauvignon Blanc de valores mais acessíveis, de 20 a 30 reais, realmente são vinhos mais jovens, menos complexos, para serem consumidos mais frescos e sem poder de guarda.

Vinhos mais baratos devem ser consumidos de 2 a 3 anos após sua safra de lançamento.

Ou seja, em 2017, é um risco beber um Chardonnay ou Sauvignon Blanc da safra 2013. Se você conhece o vinho e o produtor, pode pressupor que o vinho tem estrutura – e pode segurar mais alguns anos de guarda.

Caso não saiba esses detalhes, melhor não arriscar. Vinhos bracos de valores acessíveis devem ser consumidos de forma rápida. 1 a 2 anos após seu lançamento. Vinhos brancos tem, geralmente, menos tempo de guarda que tintos.

Nota: esta regra não se aplica a vinhos brancos estruturados e encorpados, temos exemplares de vinhos brancos feitos para guarda.

Chardonnay é vinho seco? E Sauvignon Blanc é vinho seco?

Parece obvio, certo? Mas não é. Muita gente ainda tem dificuldade em perceber que os vinhos finos, quase que 100% das vezes, serão secos.

Há algumas opções no mercado para os paladares mais sensíveis ao açúcar. Os chamados demi-sec. Estes, são vinhos que ganham adição de açúcar para agradar o paladar do consumidor.

Por via de regra, todo Chardonnay e Sauvignon Blanc deve ser seco. Sabe por quê?

A legislação brasileira define um grau de açúcar para categorizar um vinho como “demi-sec”, o fato é que seria muito difícil controlar um vinho e até produzir uma uva com tamanha quantidade de açúcar.

Ou seja, para que o açúcar natural da uva fermentasse para virar álcool e ainda sobrasse para deixá-lo “demi-sec” ou “doce”. Aprenda mais sobre adição de açúcar no vinho em nosso artigo sobre o assunto.

Por isso a adição de açúcar seria quase obrigatória para atingir este nível de doçura, porém a adição de açúcar nunca é bem vista, nem pelo enólogo, nem pelo consumidor final.

Vinhos finos são por natureza vinhos secos. É extremamente raro encontrar um vinho francês suave ou “demi-sec”, por exemplo.

Como pronunciar Chardonnay e Sauvignon Blanc?

A pronúncia do Chardonnay pode ser um pouco mais fácil que o Sauvignon Blanc.

Ambas podem trazer um pouco de dificuldade nas primeiras vezes, mas é só treinar um pouquinho que você irá aprender fácil. Veja abaixo a pronúncia de cada uma:

Como pronunciar Sauvignon Blanc

Para pronunciar a Sauvignon Blanc, você deve falar algo como “Savi-non Blãn“. Uma outra forma de ler a pronúncia seria “Savinhón Blan-q“. O “c” no final da “Blanc” quase não é audível.

Como pronunciar Chardonnay

Para pronunciar a Chardonnay você deve falar algo como “Chardoné“. Os Americanos falam “Chardo-nei“, porém a pronúncia francesa não dá enfoque ao “ei” no final. “Chardoné” fica mais próximo do francês.

E aí, já tá craque pra pedir seu Chardonnay e Sauvignon Blanc no restaurante?

Qual a temperatura exata para servir o Sauvignon Blanc e o Chardonnay?

Tópico interessante, esse. Eu gosto muito de ouvir os leitores do Vem da Uva debaterem sobre suas temperaturas ideais e as temperaturas “corretas”.

É fato que cada vinho tem sua temperatura ideal, porém usar receita de bolo para todos os vinhos é muito complicado.

Vou explicar um pouco o por quê. Digamos que cada Sauvignon Blanc tem suas características próprias.

Se é encorpado, se tem sabor pronunciado, se tem muito álcool perceptível ao nariz.

Tudo isso vai influenciar na temperatura ideal para que o Sauvignon Blanc seja servido. O mesmo acontecerá com a Chardonnay.

Se o Chardonnay tiver passagem por barrica, se tiver passado por fermentação malolática, já merece uma temperatura maior.

Por via de regra, quanto mais quente o vinho branco tiver, mais aroma ele irá desprender, contudo sua acidez também será muito mais evidente, e pode ser tornar desagradável.

Logo, se você tiver em mãos um Chardonnay ou Sauvignon Blanc de boa ou ótima qualidade, sirva-o um pouco mais “quente” ou “menos resfriado”. Isso seria em torno de 10-12 graus.

Se o seu vinho não tiver grande complexidade de aromas, pode ser servido um pouco mais gelado.

Por exemplo, vinho abaixo dos 25 reais geralmente mostram pronunciado aroma de álcool.

Se você servir ele mais resfriado (6-8 graus), esse aroma não será tão forte. Ou seja, vinhos de menor qualidade se beneficiam de temperaturas mais baixas.

RESUMO

Vinho bom, menos resfriado, vinhos não tão bons, mais frios. Lembre-se sempre: temperatura ambiente varia de acordo com a sua região ou estação do ano.

Se necessário, pode servir o vinho branco com baldes de gelo a mesa, para resfriá-lo quando preciso. No verão, a prática é quase necessária, a menos que você esteja em um bom ar condicionado.

Qual o preço médio de um vinho Chardonnay e de um Sauvignon Blanc?

Essa é uma pergunta traiçoeira. Em linhas gerais, ambas as uvas produzem bem em climas variados. Ou seja, o custo de produção de ambas é bem próximo.

O vinho irá variar de preço de acordo com a região produtora e com que qualidade as uvas foram cuidadas.

Custo de tratos culturais, produção por pé, colheita manual ou automática (máquinas), uso ou não de barris, etc.

Principais vinhos Chardonnay até R$ 35

Há vinhos Chardonnay de custo acessível, entre R$ 30 e R$ 40 reais. São vinhos que mostram, geralmente, aromas de abacaxi e outras frutas cítricas.

Não apresentam grande corpo, são vinhos para serem bebidos sem compromisso. Vinhos para matar o calor. Combinam bem com um dia na praia ou na piscina.

  • Tarapacá Cosecha Chardonnay – R$ 30
  • Santa Helena Chardonnay – R$ 30
  • Aurora Varietal Chardonnay – R$ 25 – R$ 30

Principais vinhos Sauvignon Blanc até R$ 35

A Sauvignon Blanc tem um pouco mais de dificuldade em mostrar sua qualidade em vinhos de preços menores.

São vinhos que geralmente mostram pouca nitidez e intensidade de aromas (fica difícil identificar qual fruta você está sentindo).

Também são vinhos para serem bebidos descompromissadamente no verão.

  • Espíritu De Chile Sauvignon Blanc – R$ 30
  • Rios De Chile Sauvignon Blanc – R$ 35

Sauvignon Blanc e Chardonnay nacionais a ótimos preços

Se você já passou aqui pelo Vem da Uva antes, sabe que temos uma queda bem forte pelos vinhos nacionais.

Acreditamos fielmente que os vinhos brasileiros podem sim mostrar qualidades tão boas ou superiores aos importados. Principalmente chilenos e argentinos.

Nós escolhemos dois vinhos para destacar nesta postagem, por considerarmos dois dos melhores vinhos brancos que já experimentamos até R$ 60.

O Sanjo Sauvignon Blanc é um vinho que descobrimos por acaso há uns 2 anos, em um verão quente aqui no sul.

Conhecíamos a qualidade do Sauvignon Blanc do terroir da Serra Catarinense, mas não conhecíamos o Sanjo Sauvignon Blanc, então resolvemos apostar.

É um vinho que não lembra em nada um Sauvignon Blanc chileno. Ao contrário da maioria dos exemplares de outros países da América Latina, o Sauvignon Blanc da Sanjo mostrava corpo e untuosidade. Ao agitar a taça já é possível perceber uma nítida diferença.

Os aromas são de uma nitidez que chama atenção, lembrando maracujá de uma forma que chega a lembrar o próprio suco da fruta. E pasme, 90% dos Sauvignon Blanc da Serra Catarinense tem essa característica muito nítida.

      Veja aqui o que achamos da safra de 2013 e da safra 2014.

O Valmarino Chardonnay já chamou nossa atenção na primeira visita à vinícola, em março de 2017. Um vinho de estrutura, corpo e vivacidade. É um vinho Chardonnay daqueles que chamam pro próximo gole – e pra próxima taça. Tem aromas também nítidos e um toque de barrica americana que faz a diferença.

Tivemos a oportunidade de experimentar a safra 2014 e agora a safra 2016. Ambas trazem uma qualidade superior a qualquer vinho de R$ 50 reais argentino.

O Chardonnay da Valmarino é um daqueles vinhos que não tem preço exacerbado, e traz um benefício maior que seu custo. Um vinho desses de qualquer outro país, você pagaria em torno de R$ 80 reais. O Valmarino sai por R$ 50 reais na maioria das lojas.

E então, vai dar pra diferenciar o Chardonnay do Sauvignon Blanc na próxima degustação?

Eu gosto de postagens assim, mais longas, mas que consigo explicar para você detalhes específicos de cada variedade. Acredito fielmente que a melhor ferramenta no aprendizado do vinho é a comparação.

Quando paramos para analisar um Chardonnay e um Sauvignon Blanc, mesmo conhecendo as duas uvas e os dois vinhos, aprendemos um pouco.

Por isso é tão importante fazer degustações. Principalmente aquelas as cegas, onde você não sabe o que está bebendo.

Primeiro analisa, depois vê se faz sentido o que você analisou com a verdade sobre os rótulos que acabou de beber.

Faça isso com uma garrafa de Chardonnay e outra de Sauvignon Blanc. Já pedimos para nossos leitores fazerem esse teste com Cabernet Sauvignon e Merlot. Todo mundo se diverte!

Agora que eu passei um pouquinho de tempo te ensinando algo, quero ouvir um pouco também. Gostou do texto?

Te ajudou a aprender um pouquinho mais sobre esses vinhos brancos? Conta pra mim nos comentários abaixo! E não esqueça, compartilhe a postagem com os amigos no Facebook!

Tags: Chardonnay, Sauvignon Blanc
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30 Comentários. Deixe novo

  • Amo vinho mas sou leiga no assunto, sempre aprendo algo novo ao consumir. Amei a matéria, rica e de fácil compreensão. Parabéns.

    Responder
  • Muito bom o texto! Linguagem clara e acessível! Gostaria de saber um pouco mais sobre a temperatura para beber estes vinhos. Acho que faz total diferença no sabor…

    Responder
  • Que boa descoberta essa página Marcos! Me mudei para Cape Town na África do Sul e desde então tenho tido mais curiosidade sobre vinhos, meu passeio preferido é sair conhecendo as centenas de vinícolas que tem por aqui. Você tem indicação de algum vinho branco e rosé daqui? Em breve receberei visitas, quero servir bons vinhos! Rs Conhece os vinhos Sul africanos? Abraços!

    Responder
    • Oi Flávia!

      Eu tinha planos de visitar Cape Town esse ano, mas com pandemia, tudo miou. Conheço algumas poucas coisas, maioria Pinotage, que é destaque por aí. Mas sim, bebi um The Wedge Chenin Blanc 2019, novidade pra mim, e gostei bastante. Por aqui o preço era bem ok e o vinho entregou excelente custo benefício. Lembro que dei 4 estrelas de 5 na avaliação que fiz no Vivino, o que é bem raro, rs.

      Marcos Marcon
      Editor
      Vem da Uva

      Responder
    • Ps.: de Rosé eu vou ficar te devendo, realmente não conheço nenhum sulafricano, ainda :/

      Marcos.

      Responder
  • DULCI VIEIRA
    5 de out, 2020 13:55h

    Vc é um fofo! Muito grata pela disposição em didática entendível. Acabei de abrir um Travessia Sauvignon Blanc (muiiito acessível p profs do Estado do RJ rs) por conta do calor, sonhando c ostras p acompanhar (cabe?). Nao faria qq comentário, mas animei por sua simplicidade…vlw!

    Responder
    • Se abriu vinho pra professores, tem mais que meu respeito, porque essa classe merece isso e muito mais! <3

      E não tem rodeios aqui não Dulci, e se alguem fizer piada em cima dos nossos comentários, quem está perdendo tempo são eles, nós estamos nos divertindo e aprendendo! 🙂 🙂 🙂

      E muito obrigado pelo carinho!! <3

      Marcos Marcon.

      Responder
  • Muito boa didática na explicação para leigos. Parabéns!

    Responder
  • Super obrigada por esta AULA maravilhosa, amei

    Responder
  • Marcos, tua explicação foi sensacional! Desce fácil mesmo e senti gosto de goiaba. Anotei tudo aqui! Agradeço muito. Depois que decidirmos, aviso como foi hehe Abraço!

    Responder
  • Marcos,
    Na verdade o Tarapaca é Sauvignon Blanc, provei agora e achei muito bom. Então pergunto tbm sobre a harmonização com ele. Grato

    Responder
    • Oi Uriel, o Tarapaca Sauvignon Blanc é um bom vinho, mas no quesito harmonização ele deixa um pouco a desejar. Não vejo mais do que boas saladas tropicais pra ele. Vide que ele traz, geralmente, aromas e traços de frutas cítricas como goiabas. Ele pode harmonizar bem com saladas tropicais de frutas da temporadas, como manga. Não é uma opção que nos deixa harmonizar de forma fácil pratos principais. É algo mais para saladas mesmo. Eu iria de Chardonnay para a janta e o Sauvignon Blanc para aquecer a pista após a janta, já que é um vinho que desce muito muito fácil e costuma aumentar os ânimos na pista de dança. rs. Semelhante com os espumantes.

      Responder
  • Olá Marcos! Muito legal a explicação. O que você recomenda de comida que harmonize com o vinho Chardonnay? Vou casar no fim do ano e estamos decidindo entre o Tarapacá Cosecha e o Los Riscos, ambos Chardonnay. Abraço

    Responder
    • Uriel, o Chardonnay é um vinho bem versátil. Saladas leves com frango. Peixes grelhados, Canapés, carnes leves de peixe, peixe assado. Mas todos peixes mais simples. Se você for mirar em algo mais sofisticado como salmão, rosés seriam melhores, porém Chardonnays barricados iriam brilhantemente com a ideai. Não esqueça de oferecer espumantes Bruts para as entradas como canapés, sempre são coringas e funcionam muito bem!

      Responder
  • Luciano Mentz
    8 de fev, 2019 15:50h

    Marcos, boa tarde! Muito boa a matéria que apresentaste.
    Não sou grande conhecedor de vinhos brancos, mas como falaste, com este calor que vem fazendo no sul me vi levado nesta direção.
    No final do ano experimentei um vinho da região de Flores da Cunha/RS, da Cooperativa Vinícola Nova Aliança, que me surpreendeu positivamente demais, o chardonnay Cerro da Cruz. Gastaria de ler seus comentários a respeito dele.

    Sucesso neste projeto!

    Responder
  • Paulo Mayorca
    1 de fev, 2019 23:35h

    As uvas estavam muito bonitas e saborosas, colhi cacho por cacho, mas as chuvas levam um pouco das leveduras indígenas, mas acredito que medmo assim terei um bom vinho branco em um vinho laranja vinificado nas cascas. Só o tempo pra dizer,
    Grande abraço
    Paulo Mayorca

    Responder
  • Paulo Mayorca
    1 de fev, 2019 01:39h

    A colheita foi na localidade de Santa Lucia, no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. A elaboração está ocorrendo no litoral, em Xangri-Lá. Como os fermentadores são de vidro, é possível acompanhar e visualizar o que acontece no mosto. É uma erupção de leveduras, muito bacana, é a mágica do vinho

    Responder
    • Que show, Paulo. Semana passada eu estava por aí, acompanhei a colheita de alguns produtores menores e do recebimento de uvas de duas grandes, que compram uvas de produtores da região. A Chardonnay tava um pouco sofrida pelas chuvas de janeiro. Pra ti foi tranquilo?

      Responder
  • Paulo Mayorca
    30 de jan, 2019 20:33h

    Parabéns Marcos, excelente matéria. Estou produzindo dois Chardonnais diferentes neste momento. Vinificando pela primeira vez!

    Responder
  • Adeildo Rocha
    11 de jan, 2019 01:30h

    Muito Bom os esclarecimentos!!!

    Responder
  • Helmuth Stapf
    24 de nov, 2017 17:50h

    Apareceu um Vinho no Assai com o nome de LOS TILOS-Valle central.
    No rotulo está especificado : SAUVIGNON BLANC *CHARDONNAY 2016.
    Pergunta : Esta especificação po~e por terra tudo o que vc falou!! o
    Não é nenhum dos dois e sim deve ser uma mistura.
    Gosto muito bom e preço melhor ainda em torno de R$14,00
    Tem explicação?
    Obrigado,
    Helmuth

    Responder
    • Oi Helmuth!

      Sim, é um blend, assim como há Merlot/Cabernet Sauvignon. Não é um blend muito popular, mas existe! Principalmente em vinhos de menor custo, onde não se tem a intenção de mostrar as características de um nem de outro. Juntando as duas, temos um vinho com acidez boa e ainda assim aromático. Porém simples (casar as características das duas uvas em um grande vinho branco é trabalho desafiador pro enólogo!)

      É um vinho pra beber em dias quentes, não requer muita harmonização e também não segura pratos complexos.

      Marcos.

      Responder

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